sexta-feira, 15 de maio de 2009

Exposição de Cartolinas


Realizámos uma exposição no polivalente, de forma que todos os interessados podessem observar e esclarecer as suas dúvidas.

Palestra


Como o nosso grupo desde o início teve o objectivo de realizar este projecto, meteu "mãos ao trabalho" e levou-o avante.
Assim, no dia 8 de Maio, no auditório da nossa escola, realizou-se a palestra tão desejada com o auxilio de algumas enfermeiras estagiárias dbo Centro de Saúde de São Pedro do Sul.
O sucesso e motivação foram as melhores qualidades do trabalho apresentado e, desde já, agradecemos a presença de todos e principalmente às enfermeiras Joanas.

Estenose da Válvula Mitral


Estreitamento da abertura da válvula mitral que dificulta a passagem do sangue da aurícula para o ventrículo.
É uma doença rara e só determinadas pessoas que tenham sofrido febre reumática têm possibilidade de contrair esta doença. Também pode surgir um coágulo que dê origem ao entupimento da válvula.

Os seus sintomas são:
. insuficiência cardíaca;
. consequente edema pulmonar;
. fadiga;
. dificuldades respiratórias;
. sopro característico.

Prolapso da Válvula Mitral


Protusão das valvas da válvula mitral para o interior da aurícula esquerda aquando uma contracção ventricular. Esta situação provoca a afluência de sangue para dentro da aurícula.
Muitos pacientes são assintomáticos quanto ao prolapso da válvula mitral, enquanto que outros podem apresentar inúmeros sintomas. As queixas mais comuns são as palpitações e desmaio (devidas a distúrbios do ritmo cardíaco), dor de cabeça, vertigens, dor torácica, falta de ar e fadiga, sendo esta última a mais comum.

Insuficiência da Válvula Mitral


Cada vez que o sangue se dirige da aurícula esquerda para o ventrículo esquerdo, a válvula mitral tem que fechar para que o sangue não volte para trás e se misture com o sangue que executa o seu percurso normal.
Neste caso de insuficiência, a válvula não tem essa capacidade de contrair e o fluxo de sangue retrocede.

As causas desta “incompetência mitral” são, o enfarte de miocárdio, a febre reumática (nos países menos desenvolvidos) e degenerescência mixomatosa, onde a válvula vai perdendo elasticidade até ficar flácida.

A insuficiência pode causar algumas palpitações no indivíduo, mas na maioria das vezes, esta só é identificada através do som típico que o médico ouvirá quando o auscultar.

Valvulopatias


Para fazer a ligação entre a aurícula direita e o ventrículo direito e facilitar a passagem do sangue, encontra-se a válvula tricúspide. Para fazer a ligação entre a aurícula esquerda e o ventrículo respectivo é-nos apresentada a válvula mitral.
Quando o sangue não consegue circular na sua direcção correcta ou quando as válvulas não conseguem abrir correctamente, estamos na presença de uma valvulopatia.

Miocardiopatia Restritiva


Para que o coração execute os seus batimentos eficazmente necessita, não só dos impulsos eléctricos que lhe são fornecidos, mas também do sangue que até ele chega através dos ventrículos.
Quando estes apresentam uma rigidez fora do comum, o sangue consegue fluir mas não o suficiente, pois as vias não conseguem dilatar minimamente para suportar todo o sangue necessário.
Tem causa desconhecida, mas as teorias são algumas; desde acumulação de ferro no músculo cardíaco, a tumores nos tecidos.
Provoca inchaços nos tecidos, insuficiência cardíaca, desfalecimento e em alguns casos, angina de peito.

Miocardiopatia congestiva com dilatação


Este tipo de miocardiopatia aparece quando os ventrículos se dilatam aumentando o seu diâmetro, mas mesmo assim, não conseguem bombear o sangue para o organismo.
Como consequência deste enfraquecimento, o doente sente falta de ar quando se esforça e cansa-se com muita facilidade e febre (caso a causa da miocardiopatia seja uma infecção).

Miocardiopatia


É uma alteração da estrutura da parede muscular ventriculares.

Insuficiência Cardíaca


A insuficiência cardíaca é dos problemas cardíacos mais comuns.
Nesta situação o coração vê-se incapaz de bombear eficazmente o sangue para todo o organismo.
Assim, todo o corpo fica com um débito em nutrientes e oxigénio, principalmente o coração.
As causas da insuficiência cardíaca são: pressão sanguínea alta (hipertensão), doença da válvula cardíaca, doenças cardíacas congénitas, tumores cardíacos e outras doenças cardíacas, fumos e consumo excessivo de álcool e obesidade. Outros factores mais raros são: infecções com febre alta ou infecções complicadas, uso de drogas, anemia, arritmias, hipertiroidismo e doenças renais.

Os sintomas são muito variados. Vão desde a percepção dos batimentos cardíacos, a um súbito aumento de peso, inchaço do abdómen, pés e tornozelos, veias do pescoço inchadas, perda de apetite, náuseas, falta de ar, insónias, fraqueza, desmaios, tosse até pele azulada (cianose) ou amarelada (icterícia), muito raramente.

Doença do Nódulo Sinusal


Baseia-se no mau funcionamento do pacemaker fisiológico presente no coração.
Os impulsos eléctricos por ele libertados podem não ser suficientes, provocando um abrandamento da frequência cardíaca, ou podem mesmo não ser libertados devido a um bloqueio entre o pacemaker e as aurículas.

Como os batimentos cardíacos são excessivamente baixos, os sintomas passem por debilidade e cansaço.

Bloqueio Cardíaco


Bloqueio Cardíaco: Os estímulos eléctricos necessário para o coração bater dirigem-se para este através de um nódulo aurioculoventricular, que se encontra entre as aurículas e os ventrículos.
Quando estes estímulos se atrasam dá-se uma diminuição brusca dos batimento.
O bloqueio cardíaco pode ser de:
o primeiro grau – quando o atraso é ligeiro e não altera em quase nada o bom funcionamento do coração;
o segundo grau – quando nem todos os impulsos chegam às paredes ventriculares.
Provoca um batimento cardíaco um pouco mais lento que o normal.
o terceiro grau – quando nenhum impulso chega aos ventrículos e os batimentos começam a diminuir drasticamente (cerca de 50 por minuto).

Fibrilhação Ventricular


A fibrilhação ventricular é idêntica à taquicardia Os batimentos do coração são muito mais rápidos (por volta de 300 batimentos por minuto) e muito pouco sangue é bombeado para o corpo e para a cabeça.
Caso não seja tratada de imediato, a fibrilhação ventricular conduz a uma paragem cardíaca mortal.

Ocorre quando o paciente já teve episódios de enfarte ou doenças nas artérias coronárias, que levem à má afluência de sangue ao coração.

Se um episódio de fibrilhação ventricular permanecer sem tratamento, o coração não será capaz de fornecer sangue oxigenado suficiente para a cabeça e para os tecidos do corpo e nestas condições nem a cabeça, nem os tecidos do corpo podem sobreviver.
Pode então provocar a perda de consciência e chegar a lesões cerebrais irreversíveis e consequente morte.

Taquicardia Ventricular


É um ritmo cardíaco complexo, originado nos ventrículos.
O músculo não se contrai normalmente e assim os batimentos do coração tornam-se mais rápidos.
À medida que o coração bate mais rápido, bombeia menos sangue a cada contracção, pois não há tempo suficiente para o enchimento do coração entre cada batimento.

O indivíduo sete palpitações constantes, a pressão arterial diminui e se não for tratada com urgência, a taquicardia pode conduzir a paragem cardíaca.

Extra-sístoles ventriculares


Caracterizado por contracções ventriculares prematuras. Os ventrículos recebem os estímulos eléctricos antes da ocorrência do batimento cardíaco normal.
Não apresenta qualquer tipo de perigo quando não apresenta nenhum tipo de cardiopatia associada. Mas quando a pessoa sofre de problemas cardíacos, podem vir associadas às extra-sístoles, arritmias bastante perigosas que poderão levar à morte súbita.
O único sintoma que da situação pode advir é a sensação de um batimento cardíaco irregular.

Síndroma de Wolff-Parkinson-White


Neste síndroma os impulsos eléctricos que se dirigem para as fibras musculares do coração para efectuarem os batimentos cardíacos encaminham-se por vias anómalas.
É uma forma de taquicardia onde há um caminho adicional de condução para os ventrículos. O caminho extra contorna a via normal de condução do estímulo e causa uma forma de taquicardia supraventricular (frequência cardíaca acelerada que se inicia acima dos ventrículos). O caminho extra nessa síndroma pode, frequentemente, ser localizado com precisão.

Os sintomas são:
• palpitações- percepção dos batimentos cardíacos anormais
• tontura leve
• desmaio
• vertigem
• falta de ar
• dor ou tensão no peito

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Taquicardia Paroxística Auricular


Continuando a tratar de arritmias cardíacas, e como já foi referido atrás, a taquicardia surge quando o batimento cardíaco passa de normal (60 a 100 batimentos por minuto), a excessivamente rápido (160 a 200 batimentos por minuto), ocorrendo num espaço de tempo que pode ir desde alguns minutos a várias horas.

A fraqueza e sensação provocada no peito pelos batimentos rápidos são os sintomas mais comuns da taquicardia.

Extra-sístoles auriculares



Uma extra-sístole auricular é um tipo de arritmia cardíaca.
Estamos na presença deste tipo de problema, quando o paciente apresenta um quadro clínico de batimentos cardíacos descoordenados. Anteriormente a um batimento cardíaco normal, dá-se um batimento adicional que é provocado pela contracção das aurículas.

Este é originado aquando um consumo excessivo de álcool e fármacos que estimulem o sistema nervoso.
Não apresenta qualquer tipo de sintomas, pois o coração não modifica excessivamente o seu funcionamento.

Arritmias Cardíacas



O coração é constituído por quatro cavidades; duas aurículas (esquerda e direita) e dois ventrículos (esquerdo e direito).
Para que funcione em total conformidade, é necessário que as paredes musculares de cada cavidade se contraiam para que em cada batimento expulsem a maior quantidade de sangue possível.
Para que esta contracção se dê eficazmente existe um pacemaker fisiológico, localizado na parede da aurícula direita, de onde têm origem as descargas eléctricas necessárias para que se dê inicio aos batimentos cardíacos.

As alterações na frequência destes batimentos são normais. Podem surgir de um excesso de esforço físico ou da falta dele ou da manifestação de diversas emoções e dores.
Só quando submetido a ritmos excessivamente rápidos ou excessivamente lentos, ou quando os impulsos eléctricos seguem vias que não são as adequadas, é que podemos dizer que estamos na presença de um batimento cardíaco anormal, ou seja, uma arritmia.

As arritmias podem ser causadas por: doenças nas artérias coronárias; insuficiência cardíaca; desvio dos impulsos eléctricos, que pode fazer com que estes não cheguem ao coração para que produza os seus batimentos eficazmente; consumo excessivo de tabaco e álcool; stress; esforço físico; hiperactividade e, também não raras vezes, por medicamentos utilizados para o tratamento de outras doenças.

O batimento do coração varia de pessoa para pessoa, mas quando estamos na presença de um problema como a arritmia, o indivíduo pode até conseguir diferenciar os seus batimentos normais dos anormais, visto que a arritmia se baseia, como já foi mencionado acima, numa irregularidade e desigualdade das contracções do coração.
Por vezes, quando a arritmia se torna de um grau mais elevado, pode causar enjoos, vertigens e desmaio. Neste caso, requer-se uma atenção imediata por parte de um médico especialista.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Cateterismo Cardíaco

Este exame consiste em introduzir um pequeno cateter (tubo) numa artéria ou numa veia, geralmente do braço ou da perna, e fazê-lo chegar às cavidades cardíacas através dos vasos principais. É utilizado, não só para diagnóstico, mas também para tratamento e é necessário o recurso a anestesia local. Quando se pretende chegar ao lado esquerdo do coração introduz-se numa artéria, quando se pretende chegar ao lado direito introduz-se numa veia. Os cateteres são muito utilizados na avaliação do estado do coração, pois podem inseridos sem recurso a cirurgia. O cateter utilizado costuma possuir na extremidade um instrumento de medição que permite observar o interior dos vasos sanguíneos, dilatar válvulas do coração, desobstruir artérias, recolher sangue para avaliar os níveis de oxigénio, realizar biopsias ao músculo cardíaco, avaliar a capacidade do coração bombear sangue (através da análise do movimento do ventrículo esquerdo) e a eficiência com que o faz, estudar lesões do coração desenvolvidas por perturbações e ainda permite medir pressões. Com o cateter também se pode introduzir contraste para que se desenhem os vasos sanguíneos e as cavidades cardíacas numa radioscopia. O risco de o paciente sofrer uma grave complicação, como um enfarte, um acidente vascular cerebral ou a morte, é de 1 em cada 1000.

Tomografia por emissão de positrões (TEC ou estudo PEC)


Este exame é um pouco mais complexo, pois é necessário marcar nutrientes necessários ao funcionamento cardíaco com uma substância que emite partículas radioactivas, os positrões. Depois este “aglomerado” nutriente+substância é introduzido por via endovenosa no paciente. Rapidamente o marcador chega à área do coração que interessa examinar e com um detector explora-se a zona, registando-se os pontos com maior actividade radioactiva, ao mesmo tempo um computador vai produzindo uma imagem tridimensional que mostra as diferenças de actividade nas diferentes regiões do músculo cardíaco. As imagens obtidas são muito mais nítidas do que nos outros exames, mas como este exame é muito caro e de difícil execução, actualmente só é utilizado no campo da investigação ou quando os outros exames não são conclusivos. Este exame também não apresenta grandes riscos de morte ou outras complicações, pois a radiação utilizada é muito baixa, bastando ao paciente que esteja bem hidratado e que beba muita água para a expulsão dos positrões do organismo. Mulheres grávidas ou que estejam a amamentar não devem realizar este exame.

Estudos com isótopos radioactivos (cintigrafia)


Este exame consiste em fazer o paciente receber uma injecção endovenosa de quantidades ínfimas de substâncias marcadas, ligadas a isótopos radioactivos (indicadores ou traçadores). Os indicadores distribuem-se rapidamente por todo o corpo, incluindo o coração, e detectam-se com uma câmara gama. Cada indicador tem afinidade com um órgão ou tecido específico do organismo. De seguida, recolhe-se, num ecrã, uma imagem que é guardada num computador para análise posterior. Este é um exame longo, que demora em média 5 horas, tempo necessário para os isótopos se espalharem pelo corpo. Normalmente, após a injecção, realiza-se uma prova de esforço para avaliar a resistência do paciente e também para se obter uma imagem das zonas do coração com menor fornecimento de sangue e que apresentam uma imagem mais fraca, pois a radioactividade é menor. Caso o médico opte pela não realização da prova de esforço o paciente pode-se ausentar do local do exame e regressar mais tarde. Depois o paciente é colocado dentro de uma câmara gama, em várias posições, de acordo com as instruções médicas, e são produzidas as imagens que os médicos analisarão. Este exame ajuda a identificar a causa desconhecida de uma dor torácica, a determinar se um estreitamento de uma artéria afecta a quantidade de sangue transportado, a verificar se aumenta o fluxo sanguíneo para o músculo cardíaco após uma operação bypass ou outras semelhantes e a determinar o prognóstico depois de um ataque cardíaco. Este exame não apresenta grandes riscos de morte ou outras complicações, pois a radiação utilizada é muito baixa, bastando ao paciente que esteja bem hidratado e que beba muita água para a expulsão dos isótopos do organismo. Mulheres grávidas ou que estejam a amamentar não devem realizar este exame.

Ressonância Magnética (RM)


Este exame utiliza um campo magnético muito forte para obter imagens pormenorizadas do coração e do tórax. É uma técnica muito sofisticada mas extremamente dispendiosa, estando ainda numa fase experimental para o diagnóstico de doenças cardiovasculares. Consiste em colocar a pessoa dentro de um grande electroíman que causa a vibração dos átomos do seu organismo. Essa vibração emite sinais característicos que são convertidos, por um computador, em imagens bidimensionais e tridimensionais. Raramente é necessário a utilização de contraste, mas o médico pode optar por adicionar contraste paramagnético para identificar pequenas irrigações no músculo cardíaco. As desvantagens da escolha deste exame são o facto de a imagem demorar mais tempo para ficar pronta do que uma imagem de uma TAC, as imagens são menos nítidas visto que o coração está em movimento durante o exame e ainda, algumas pessoas podem sentir claustrofobia ao entrarem dentro de uma máquina gigantesca

Ecocardiograma


É dos exames mais utilizados, pois não é invasivo, não utiliza raios X, proporciona imagens de alta qualidade, é inofensivo, indolor, pouco dispendioso e é amplamente executável. Consiste na utilização de ondas ultra-sonoras de alta frequência, emitidas por uma sonda de gravação (transdutor). Essas ondas ao chocarem com o coração e com os vasos sanguíneos são reflectidas, produzindo uma imagem móvel que aparece num ecrã de vídeo e que se pode imprimir ou gravar numa fita (Fig. 21). Ao longo de todo o exame muda-se a posição da sonda várias vezes de forma a obter imagens de vários ângulos e uma imagem final mais pormenorizada da estrutura e funções cardíacas. Para maior precisão pode-se introduzir o transdutor no esófago (ecocardiograma transesófago). O ecocardiograma detecta anomalias no movimento das cavidades cardíacas, no volume de sangue em cada batimento, a espessura e doenças do pericárdio e a presença de líquidos entre o pericárdio e o músculo cardíaco. Existem três tipos de ecocardiogramas: o modo M (dirige-se um feixe simples para uma zona específica do coração), o modo bidimensional (é a técnica mais utilizada e produz imagens tridimensionais reais geradas em computador), e a técnica Doppler e Doppler (detecta o movimento e turbulência do sangue e cria imagens a cores).

Estudo radiológico


Este exame é utilizado quando se suspeita que existem problemas cardíacos. Consiste em tirar radiografias ao coração, de frente e de perfil. Estas radiografias revelam o tamanho e a forma do coração, marcam os contornos dos vasos sanguíneos nos pulmões e no tórax e mostram facilmente anomalias (Fig. 18) no tamanho e forma dos vasos, depósito de cálcio no seio do tecido cardíaco, entre outras anomalias. Revelam também o estado dos pulmões e a presença de líquido no interior. Quanto ao tamanho do coração, o aumento pode dever-se a uma insuficiência cardíaca ou a uma válvula anormal, mas também pode acontecer que o coração não aumente de tamanho e estar-se perante uma doença cardíaca grave, como por exemplo quando o coração está envolvido com tecido cicatricial não aumenta de tamanho. Por isso, o aspecto dos vasos sanguíneos pulmonares é mais importante para o diagnóstico do que o tamanho do coração, pois a dilatação das artérias pulmonares perto do coração podem indicar, por exemplo, um aumento de volume de um ventrículo direito, entre outras coisas.

Tomografia axial computadorizada (TAC)
















Este exame raramente é utilizado para diagnósticar doenças cardíacas, embora seja possível através dele identificar anomalias estruturais do coração, do pericárdio, dos vasos sanguíneos principais, dos pulmões e das estruturas de suporte dentro do tórax, através de imagens transversais de todo o tórax, utilizando raios X, que são criados por um computador (Fig. 19). Estas imagens mostram a localização exacta das anomalias e, com as novas tecnologias, é possível criar uma imagem tridimensional em movimento, do coração, permitindo identificar as anomalias estruturais e de movimento.

Electrocardiograma (ECG)


É um exame rápido, simples e indolor, no qual se amplificam os impulsos eléctricos do coração e se registam num papel em movimento. Permite identificar o início de cada batimento, as vias nervosas de condução e a velocidade (frequência) dos estímulos e os ritmos cardíacos. Para a realização deste exame colocam-se nas pernas, braços e tórax eléctrodos que são pequenos contactos metálicos ligados a uma máquina que regista um traçado específico para cada eléctrodo. Esses eléctrodos medem a intensidade e a direcção das correntes eléctricas do coração durante cada batimento e cada traçado representa o registo da actividade eléctrica de uma parte do coração (Fig. 14). Aos diferentes traçados chama-se derivações. Este exame realiza-se quando se suspeita de uma perturbação cardíaca, pois permite identificar ritmos anormais, chegada insuficiente de sangue e oxigénio ao coração, um excessivo espessamento do músculo cardíaco (consequência da hipertensão arterial). Evidencia também se o músculo cardíaco é fino ou inexistente por ter sido substituído por tecido não muscular (resultado de uma enfarte do miocárdio).

Prova de esforço (provas de resistência ao exercício)


Com este exame é possível saber mais sobre a existência ou gravidade de uma doença da artéria coronária e de outras perturbações cardíacas. Quase sempre é realizada em simultâneo com um ECG e demonstra problemas que em repouso não se manifestariam, como por exemplo quando as artérias estão parcialmente obstruídas o coração fornece sangue suficiente em repouso, mas não durante uma actividade física. Este exame consiste em pedalar numa bicicleta ou caminhar sobre um tapete rolante a um determinado ritmo que aumenta gradualmente (Fig. 15). O exame é contínuo até a frequência cardíaca alcançar 80% a 90% do valor máximo possível de acordo com a idade e com o sexo. Se for provocado um mal-estar (dor torácica) ou aparecerem anomalias do ECG ou nas medições periódicas da pressão arterial a prova é de imediato interrompida. Quando não se pode realizar este exame realiza-se um electrocardiograma de stress que proporciona informação semelhante mas sem esforço físico, administrando-se fármacos que diminuem o fornecimento de sangue às zonas lesionadas. Como nenhum exame é perfeito, também este pode conter erros, pois por vezes detectam-se anomalias no ECG em pessoas que não sofrem de doença coronária (falso positivo) e noutras vezes não se detectam as anomalias (falso negativo). O risco de muitos falsos positivos (que acarreta incómodos e gastos) leva muitos especialistas a recusarem a realização deste exames em pessoas aparentemente saudáveis. Neste exame o risco de provocar um enfarte ou a morte é de 1 em 5000.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Diagnóstico - Radioscopia


É um exame contínuo com raios X que mostra, num ecrã, o movimento do coração em cada batimento e os pulmões quando são insuflados e esvaziados. É utilizado em simultâneo com o cateterismo cardíaco e com o exame electrofisiológico e é útil no diagnóstico de doenças valvulares e de defeitos congénitos do coração. Como este exame utiliza uma dose muito elevada de radiações, foi substituído pelo ecocardiograma e outros exames.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Diagnóstico - Exame físico


Nesta fase do diagnóstico o médico regista o peso e o estado geral do paciente, observando também se existe palidez, suor ou sonolência e tendo igualmente em conta o estado de ânimo e a sensação de bem-estar, que também são indicadores de uma doença cardíaca. Determina-se também a cor da pele pois a palidez ou uma coloração azulada podem evidenciar que a pele não está a receber oxigénio suficiente através do sangue o que é causado por uma possível disfunção cardíaca.
O médico sente ainda o “pulso” nas artérias do pescoço, debaixo do braço, nos cotovelos, nos pulsos, no abdómen, por detrás dos joelhos, nos tornozelos e nos pés para se assegurar de que é igual em todo o corpo. Controla-se ainda a temperatura e a pressão arterial e as veias do pescoço que, ao estarem ligadas à aurícula direita, dão indicação do volume e da pressão sanguínea do lado direito do coração. O médico pressiona com o dedo a pele dos tornozelos, pernas e parte inferior das costas para detectar acumulação de líquidos (Fig. 12).
Observa ainda a retina do olho e o tórax. Ao observar a retina do olho detecta anomalias nos casos de hipertensão arterial, diabetes, arteriosclerose e infecções bacterianas das válvulas cardíacas. Ao observar o tórax pode concluir se os movimentos respiratórios estão normais, se os pulmões estão cheios de ar (o que é normal) ou não (o que não é normal), se existe líquido na membrana que envolve o coração e cobre os pulmões, se a respiração é normal ou se há obstruções, se os pulmões contém líquido devido a uma perturbação cardíaca e o tamanho do coração e força das contracções durante cada batimento. Pode também utilizar-se um estetoscópio (Fig. 13) para identificar os diferentes sons provocados pela abertura e encerramento das válvulas cardíacas. As anomalias nas válvulas criam turbulências que geram sons característicos, denominados sopros cardíacos. Estes fluxos turbulentos têm origem no
sangue ao passar pelas válvulas estreitas ou que não fechem bem. No entanto, nem todas as doenças cardíacas provocam sopros e nem todos os sopros indicam perturbações cardíacas, pois com o envelhecimento o fluxo sanguíneo tende a ser turbulento não existindo nenhuma doença cardíaca grave.
Por fim examina-se o abdómen para verificar se o fígado aumentou de volume devido à acumulação de sangue nas principais veias que conduzem ao coração, o que indica uma insuficiência cardíaca. Examina-se também o pulso e o diâmetro da aorta abdominal.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Diagnóstico - Estudo Electrofisiológico

Este exame é utilizado para avaliar anomalias graves no ritmo ou na condução eléctrica. Para tal, inserem-se pequenos eléctrodos nas veias, e por vezes também nas artérias, e faz-se com que cheguem às cavidades cardíacas., onde regista o ECG e identificam as vias por onde circulam as descargas eléctricas. O médico pode provocar um ritmo cardíaco anómalo para descobrir se um determinado fármaco é eficaz ou se é necessário uma inversão cirúrgica. É um exame bastante seguro (o risco de morte é de 1 em 5000 intervenções), apesar de ser invasivo e requerer anestesia.

Diagnóstico - Electrocardiograma ambulatório contínuo


Problemas como arritmia ou débito sanguíneo insuficiente para o músculo cardíaco podem verificar-se em qualquer momento, de uma forma breve. Por isso, é necessário o uso de um registador portátil contínuo do ECG. O doente transporta consigo, durante 24 horas consecutivas, um pequeno aparelho com alimentação de bateria (monitor Holter) que grava continuamente o ECG, onde está contida informação sobre a velocidade e a frequência cardíaca. Ao mesmo tempo, o doente regista ao longo do dia, todos os sintomas, para que depois esses sintomas possam ser comparados ao registo do ECG.

Diagnóstico - História Clínica


Nesta parte do diagnóstico o médico questiona o paciente sobre os sintomas que possam evidenciar uma perturbação cardíaca, como a dor torácica, insuficiência respiratória, edema nos pés e tornozelos, palpitações, febre, falta de forças, fadiga, perda de apetite e mal-estar geral. De seguida o médico pergunta sobre infecções, exposição a produtos químicos, uso de medicamentos, consumo de álcool e tabaco, ambiente familiar e laboral, actividades recreativas e ainda se existe algum membro da família que tenha sofrido de problemas cardíacos. As respostas do paciente ajudam o médico a perceber se se poderá tratar, ou não, de uma doença cardiovascular .

Principais métodos de diagnóstico


Para se poder escolher e iniciar um tratamento é necessário certezas sobre o problema que afecta o paciente. Para tal, utilizam-se determinados exames e procedimentos clínicos. O diagnóstico baseia-se e inicia-se na história clínica e num exame físico realizado pelo médico no consultório, sendo depois utilizados determinados exames médicos que confirmam um diagnóstico inicial e determinam a gravidade e consequências da doença.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Musculatura do coração

O coração é composto por um único músculo, o miocárdio, que envolve todo o coração e origina o bombeamento do sangue, quando se contrai. As contracções do miocárdio são controladas pelo sistema nervoso, não sendo portanto necessariamente constantes.
O miocárdio pode ser dividido em duas partes: o epicárdio, que é a parte mais externa da parede muscular (miocárdio) e o endocárdio, que é a parte mais interior do miocárdio.O miocárdio é um músculo especial, pois o tecido muscular é composto por cardiomiócitos. Os cardiomiócitos são células musculares excitáveis com capacidade autónoma, ou seja, podem originar contracções musculares constantes e cíclicas, sem necessidade de receber informação do cérebro. Isto é possível devido a movimentações de iões, que são átomos com carga eléctrica, existentes na célula.

Válvulas


Existem 4 válvulas no coração humano e todas elas têm a capacidade de se abrirem e fecharem de forma a permitir ou a impedir a passagem do sangue para as várias cavidades do coração, para que assim o sangue flua sempre na direcção correcta e na quantidade correcta.

Ø A válvula tricúspide regula o fluxo do sangue entre a aurícula direita e o ventrículo direito.
Ø A válvula pulmonar abre-se permitindo ao sangue ser bombeado do ventrículo direito para os pulmões.
Ø A válvula mitral regula o fluxo do sangue entre a aurícula esquerda e o ventrículo esquerdo.
Ø A válvula aórtica permite que o sangue seja bombeado do ventrículo esquerdo para a artéria aorta.

Estrutura interna do coração


1. Aurícula Direita

2. Válvula Tricúspide

3. Ventrículo Direito (via de entrada)

4. Ventrículo Direito (via de saída)

5. Válvula Pulmonar

6. Artéria Pulmonar

7. Aurícula Esquerda

8. Septo Inter ventricular

9. Ventrículo esquerdo

10. Válvula Mitral

11. Artéria Aorta

Anatomia topográfica do coração

Anatomia externa do coração:

1. Veia Cava Superior

2. Veia Cava Inferior

3. Aurícula Direita

4. Ventrículo Direito

5. Ventrículo Esquerdo

6. Artéria Pulmonar

7. Artéria Aorta

8. Artéria Coronária Direita

9. Artéria Coronária Descendente Anterior

10. Aurícula esquerda

11. Veias Pulmonares

Sistema de bombeamento do sangue























Sistema direito:

O sangue de todo o corpo chega ao lado direito do coração através das veias cavas, tanto superior como inferior, e entra na aurícula direita devido ao relaxamento muscular que se faz sentir dentro desta cavidade do coração. Com a abertura da válvula tricúspide, o sangue entra depois no ventrículo direito. Quando o ventrículo fica cheio de sangue, a válvula tricúspide fecha, a válvula pulmonar abre e os músculos da parede do ventrículo direito, contraem-se forçando o sangue a entrar na artéria pulmonar e a dirigir-se para os pulmões, onde será purificado. O tipo de sangue que percorre este sistema de bombeamento do coração, possui alto nível de dióxido de carbono e baixa concentração de oxigénio – tem a designação de sangue venoso.

Sistema esquerdo:

Este sistema é percorrido unicamente por sangue arterial. Este sangue contrariamente ao sangue venoso possui altos níveis de oxigénio e baixos níveis de dióxido de carbono.
O sangue arterial chega ao lado esquerdo do coração, vindo dos pulmões, através das veias pulmonares e entra directamente na aurícula esquerda. Quando a válvula mitral abre, o sangue entra na ventrículo esquerdo, até a cavidade se encontrar completamente cheia. Em seguida a válvula mitral fecha, a válvula aórtica abre e o sangue é bombeado para a artéria aorta, através da contracção dos músculos da parede do ventrículo esquerdo. Estes músculos são os mais fortes de todo o coração, pois é necessário força suficiente para que o sangue chegue a todas as células do corpo.

Anatomia da superfície do coração

Tal como qualquer músculo, o coração necessita de receber oxigénio para puder funcionar sem problemas. Por isto mesmo, o coração é irrigado por um conjunto de artérias, denominadas artérias coronárias e que têm origem na artéria aorta. De entre este conjunto existem as principais artérias: a artéria coronária direita e a artéria coronária esquerda. A artéria coronária esquerda divide-se, depois, em artéria descendente anterior e artéria coronária circunflexa.