O médico sente ainda o “pulso” nas artérias do pescoço, debaixo do braço, nos cotovelos, nos pulsos, no abdómen, por detrás dos joelhos, nos tornozelos e nos pés para se assegurar de que é igual em todo o corpo. Controla-se ainda a temperatura e a pressão arterial e as veias do pescoço que, ao estarem ligadas à aurícula direita, dão indicação do volume e da pressão sanguínea do lado direito do coração. O médico pressiona com o dedo a pele dos tornozelos, pernas e parte inferior das costas para detectar acumulação de líquidos (Fig. 12).
Observa ainda a retina do olho e o tórax. Ao observar a retina do olho detecta anomalias nos casos de hipertensão arterial, diabetes, arteriosclerose e infecções bacterianas das válvulas cardíacas. Ao observar o tórax pode concluir se os movimentos respiratórios estão normais, se os pulmões estão cheios de ar (o que é normal) ou não (o que não é normal), se existe líquido na membrana que envolve o coração e cobre os pulmões, se a respiração é normal ou se há obstruções, se os pulmões contém líquido devido a uma perturbação cardíaca e o tamanho do coração e força das contracções durante cada batimento. Pode também utilizar-se um estetoscópio (Fig. 13) para identificar os diferentes sons provocados pela abertura e encerramento das válvulas cardíacas. As anomalias nas válvulas criam turbulências que geram sons característicos, denominados sopros cardíacos. Estes fluxos turbulentos têm origem no
sangue ao passar pelas válvulas estreitas ou que não fechem bem. No entanto, nem todas as doenças cardíacas provocam sopros e nem todos os sopros indicam perturbações cardíacas, pois com o envelhecimento o fluxo sanguíneo tende a ser turbulento não existindo nenhuma doença cardíaca grave.
Por fim examina-se o abdómen para verificar se o fígado aumentou de volume devido à acumulação de sangue nas principais veias que conduzem ao coração, o que indica uma insuficiência cardíaca. Examina-se também o pulso e o diâmetro da aorta abdominal.