sexta-feira, 6 de março de 2009

Estudos com isótopos radioactivos (cintigrafia)


Este exame consiste em fazer o paciente receber uma injecção endovenosa de quantidades ínfimas de substâncias marcadas, ligadas a isótopos radioactivos (indicadores ou traçadores). Os indicadores distribuem-se rapidamente por todo o corpo, incluindo o coração, e detectam-se com uma câmara gama. Cada indicador tem afinidade com um órgão ou tecido específico do organismo. De seguida, recolhe-se, num ecrã, uma imagem que é guardada num computador para análise posterior. Este é um exame longo, que demora em média 5 horas, tempo necessário para os isótopos se espalharem pelo corpo. Normalmente, após a injecção, realiza-se uma prova de esforço para avaliar a resistência do paciente e também para se obter uma imagem das zonas do coração com menor fornecimento de sangue e que apresentam uma imagem mais fraca, pois a radioactividade é menor. Caso o médico opte pela não realização da prova de esforço o paciente pode-se ausentar do local do exame e regressar mais tarde. Depois o paciente é colocado dentro de uma câmara gama, em várias posições, de acordo com as instruções médicas, e são produzidas as imagens que os médicos analisarão. Este exame ajuda a identificar a causa desconhecida de uma dor torácica, a determinar se um estreitamento de uma artéria afecta a quantidade de sangue transportado, a verificar se aumenta o fluxo sanguíneo para o músculo cardíaco após uma operação bypass ou outras semelhantes e a determinar o prognóstico depois de um ataque cardíaco. Este exame não apresenta grandes riscos de morte ou outras complicações, pois a radiação utilizada é muito baixa, bastando ao paciente que esteja bem hidratado e que beba muita água para a expulsão dos isótopos do organismo. Mulheres grávidas ou que estejam a amamentar não devem realizar este exame.

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